Para bons motoristas, a embreagem pode precisar de manutenção com 100, 150 ou até 200 mil km rodados. Já para outras pessoas, nos primeiros 70 mil km a embreagem pode apresentar desregulagem. Assim, existem algumas formas de se perceber se a embreagem está ou não funcionando da maneira que deveria. São elas:
• O engate das marchas - Um dos primeiros sinais do desgaste da embreagem é que ela não está realizando o seu trabalho devidamente. Isso acontece, por exemplo, quando as marchas, ao serem engatadas, começam a arranhar, ficando difícil realizar as mudanças e o próprio encaixe. Neste caso, a comunicação entre a caixa de motor e as marchas estará alterada, ficando corrompida e dificultando a movimentação do veículo;
• O rendimento do carro - Com a ligação entre a caixa de motor e as marchas corrompida, fica difícil manter uma aceleração constante e até ganhar a velocidade que esperamos. Por isso, quando a embreagem está desgastada, percebemos que ao acelerar o motor responde, mas não ganhamos velocidade, ou o desempenho está muito abaixo do esperado. Em uma descida, por exemplo, se você acelera, mas o carro responde mais à gravidade do que à força do motor, pode ser um sinal claro de problemas na embreagem;
• Baixa sensibilidade das marchas - Como a embreagem é feita de engrenagens entrando em fusão com outras peças, o seu desgaste deixará a mudança das marchas bem mais difícil. Sabe quando tentamos engatar a marcha mas ela simplesmente não entra? Uma das causas mais prováveis é o desgaste da embreagem. Isso deixará as marchas com um espaço menor de encaixe, sendo necessária uma precisão maior nas trocas, o que pode acarretar em sérios problemas no trânsito, como a perda de concentração que pode causar acidentes;
• Repare no pedal de embreagem - Apesar de ser efetivo, essa indicação do desgaste da embreagem pode ser difícil de identificar, já que cada pedal é diferente de acordo com o veículo. Porém, olhando o pedal de embreagem, repare em sua altura quando comparado aos pedais de freio e acelerador. Se ele estiver muito abaixo, indica um desgaste prolongado. Além disso, com o carro desligado, pise fundo na embreagem e tente reparar se o percurso está muito curto. Quanto menor a distância entre o acionamento e o final do curso de embreagem, mais desgastada ela estará. Apesar de o desgaste ser inevitável, existem formas de retardar a necessidade de troca do sistema de embreagem do veículo. A melhor forma é, obviamente, a direção consciente. Porém, não basta seguir as leis de trânsito para garantir que o veículo não se desgaste. É preciso cuidar dos seus componentes.
- Veja como fazer isso com a embreagem:
• Não descanse o pé na embreagem - Essa é mania de motorista experiente: deixar o pé descansando em cima da embreagem, para deixar a troca de marcha mais dinâmica. Infelizmente, isso também encurta a vida útil desse componente. A embreagem é algo que só deve ser utilizada quando necessário. Enquanto não for acioná-la, mantenha o pé longe, descansando no tapete do carro. Com isso, você não deixará a embreagem com aquela folguinha constante de trabalho, o que leva a uma série de problemas futuros;
• Ponto morto e freio combinam muito bem - Nas subidas, deixe de controlar o carro na embreagem. Ao invés disso, use o freio. Ele pode ser acionado junto com a embreagem ou com o ponto morto que o resultado será o mesmo: menor desgaste do sistema de embreagem. Se você não tiver a segurança necessária para controlar o carro no pedal do freio, controle no freio de mão. Não é o ideal, mas com o tempo você se acostumará a deixar a embreagem em paz na hora de fazer rampa;
• O cabo da embreagem tem um desgaste maior que os outros componentes - Se parece que a sua embreagem não está em ordem, antes de pensar em trocar todo o sistema, veja o cabo de embreagem, que pode ter alguma parte desgastada, o que leva ao baixo rendimento do veículo;
• Regule o pedal e saiba fazer um ajuste fino - O curso da embreagem deve ser confortável de acordo com o seu estilo de direção. Saiba como regulá-lo para mantê-lo sempre numa altura boa, que não deve ser nem muito alta e nem muito baixa, para que você sinta o trabalho desse componente na troca de marchas;
• Controle a redução de marchas - Nada de ficar reduzindo marchas de maneira irresponsável. Siga o padrão do seu veículo, não aumentando muito a rotação. Isso é importante pois uma redução muito bruta pode quebrar o disco de embreagem, sem contar os danos irreversíveis que podem ser causados no motor, tais como a fundição e rachaduras.
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